Ópera Agrippina de Handel com legendas em portugues

Agrippina (HWV 6) é uma ópera-séria em três atos do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1685-1759) cujo libreto é atribuído ao cardeal Vincenzo Grimani (1652-1710). Agrippina é a sexta ópera de Händel, composta pelo autor aquando da sua primeira viagem à Itália, aos 25 anos de idade. A estreia se deu no dia 26 de dezembro de 1709, na abertura da temporada de carnaval de Veneza tendo se tornado um grande e imediato sucesso. A trama do texto de Grimani se passa na Roma imperial e se baseia na história de Agripina, a mãe de Nero. Descendente de Augusto e esposa do imperador Cláudio, Agripina, emprega todas as forças para tornar seu filho o sucessor de Cláudio no trono de Roma. O texto, repleto de referências à política italiana de sua própria época, expõe uma trama satírica e anti-heroica, uma vez que, apesar de todas as suas intrigas, Agripina consegue concretizar seus planos e ainda é exaltada por Cláudio ao final da ópera. Acredita-se que Grimani se inspirou em sua rivalidade com o papa Clemente XI (1649-1721) ao compor o texto e que o personagem Cláudio é uma caricatura do próprio papa. Composta para a temporada de Veneza Carnevale de 1709-10, a ópera conta a história de Agripina, a mãe de Nero, enquanto ela trama a queda do imperador romano Cláudio e a instalação de seu filho como imperador. O libreto de Grimani, considerado um dos melhores que Handel definiu, é uma “comédia satírica anti-heroica“, cheia de alusões políticas tópicas. Alguns analistas acreditam que isso reflete a rivalidade política e diplomática de Grimani com o Papa Clemente XI. Händel compôs Agripina no final de uma estada de três anos na Itália. Estreou em Veneza no Teatro San Giovanni Grisostomo em 26 de dezembro de 1709. Provou ser um sucesso imediato e uma série sem precedentes de 27 performances consecutivas se seguiram. Os observadores elogiaram a qualidade da música - grande parte da qual, de acordo com o costume contemporâneo, foi emprestada e adaptada de outras obras, incluindo as obras de outros compositores. Apesar do evidente entusiasmo do público pelo trabalho, Handel não promoveu novas encenações. Houve produções ocasionais nos anos seguintes à sua estreia, mas as óperas de Handel, incluindo Agripina, caíram de moda em meados do século 18. No século 20, Agripina foi revivida na Alemanha e estreou na Grã-Bretanha e na América. As apresentações da obra tornaram-se cada vez mais comuns, com encenações inovadoras na Ópera da Cidade de Nova York e no Coliseu de Londres em 2007, e no Metropolitan Opera em 2020. A opinião crítica moderna é que Agripina é a primeira obra-prima operística de Handel, cheia de frescor e invenção musical que a tornaram uma das óperas mais populares do renascimento de Händel.
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