O MENINO E O VENTO (Direção de Carlos Hugo Christensen, 1967)

Sinopse: José Roberto é um jovem engenheiro que vai de férias à distante vila de Bela Vista, interior de Minas Gerais, local de fortes ventos. Na infância ele sempre se interessara por esse fenômeno e quando conhece Zeca da Curva, fica fascinado com o conhecimento, a paixão e a afinidade do garoto pelos ventos de sua região e os dois se tornam companheiros inseparáveis durante os 28 dias de férias do engenheiro, sempre percorrendo as colinas em busca de ventos cada vez mais fortes. Mas ao voltar para a cidade onde mora, José Roberto fica sabendo que fora acusado do desaparecimento do garoto, que não fora mais visto depois da partida dele, e que era réu num julgamento à revelia. Ele retorna à Bela Vista e fica indignado quando as testemunhas, principalmente Laura, a dona do hotel, e Mário, um primo rico homossexual de Zeca, tentam chantageá-lo para mudarem os depoimentos que aludem a um provável crime de homicídio com motivação sexual que ele teria cometido. Elenco: Ênio Gonçalves: José Roberto Nery (engenheiro) Wilma Henriques: Laura (dona do hotel) Luiz Fernando Ianelli: Zeca da Curva Odilon Azevedo: Jorge (escrivão) Germano Filho: advogado de Roberto Oscar Felipe: Mário (primo rico de Zeca) Palmira Barbosa: Maria Amália (mãe de Zeca) Antônio Naddêo: Promotor (advogado de Zeca) Jotta Barroso: funcionário do fórum (abertura do julgamento) Armando Rosas: juiz Antônia Marzullo: índia (avó de Zeca) Thales Penna: Aparecido Telles (peão da fazenda) Amiris Veronese: passageira do trem (olhando para Roberto) Míriam Pereira: Isaura (Espiga de Milho) (namorada de Zeca) Curiosidade: - Baseado no conto “O Iniciado do Vento“ de Aníbal Machado. O diretor conheceu o conto após uma ida a uma livraria de São Paulo, na qual ele se deparou com o livro Poemas em Prosa. Após a ocasião tornou-se amigo do autor o qual denominou “um dos maiores poetas da América Latina“, segundo ele os contos de Aníbal possuem “uma concepção essencialmente cinematográfica“ e “em todos está presente o grande poeta que era“. - Para o elenco, Christensen queria trabalhar apenas com atores “novatos“, e após a inclusão de Ênio Gonçalves e do ator Luiz Fernando Isnelli, convidou Alba Veronese, que embora tivesse projeção internacional nos meios artísticos não era conhecida do cinema brasileiro. Foram feitos testes com mais de trezentos garotos para o papel, o ator escolhido, Isnelli, recebeu vários elogios pelo seu desempenho com a crítica, e chamou atenção nas gravações ao recusar dublê em uma cena que teria que dominar um cavalo.
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