MP prorroga por 90 dias investigação sobre ação de hackers
O Ministério Público prorrogou por noventa dias o prazo das investigações sobre os hackers acusados de terem invadido os celulares de autoridades brasileiras. A defesa de Walter Delgatti Neto, que assumiu ser o autor dos ataques, disse que existem cópias do material hackeado com pessoas no Brasil e no exterior.
O advogado de Walter Delgatti Neto esteve na superintendência da Polícia Federal em Brasília, logo pela manhã. Delgatti Neto assumiu ser o responsável pela a invasão do celular de autoridades brasileiras. Mais uma vez, o advogado não quis falar com a imprensa.
No domingo (28), a defesa de Walter divulgou uma extensa nota. O texto afirma que o cliente ficou espantado com a fragilidade do sigilo no Brasil. Que falhas do aplicativo Telegram e de outros apps online, a bem de direitos individuais e do interesse público, devem ser recorrentemente testadas por responsáveis pelos serviços, por agentes da fiscalização pública, bem como por seus usuários.
A defesa ainda garante que Walter Delgatti Neto, no exercício dos direitos e deveres individuais, em condições de plena e estável sanidade mental, de forma gratuita, anonimamente, sem quaisquer fins lucrativos, optou por transferir tal material para Glenn Greenwald.
Disse também que o conjunto das informações está devidamente resguardado por fiéis depositários, nacionais e internacionais. E nega ter filiação partidária. No entanto, Walter Delgatti era filiado ao partido Democratas, mas foi expulso da legenda na última quinta-feira, após assumir participação nos ataques aos celulares de autoridades.
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