A VIDA PROVISÓRIA (Direção de Maurício Gomes Leite, 1968)

Sinopse: Um jornalista mineiro (Paulo José), radicado no Rio de Janeiro, segue para Brasília para cobrir pronunciamento sob a entrega do controle de jazidas de Minas Gerais a empresas estrangeiras. Aproveitando a viagem deverá levar a um político documentos que lhe foram entregues por general Passos (Mário Lago) e que apontam a corrupção política na negociação das jazidas. Do Rio a Belo Horizonte, recorda dois amores: Paola (Dina Sfat) e Lívia (Joana Fomm). Em Brasília não consegue fazer chegar os documentos a seu destino, sendo oprimido por forças do governo. Elenco: Paulo José - Estevão Dina Sfat - Paola Joana Fomm - Lívia Mário Lago - General Passos Ferreira Gullar - Jornalista Augusto Hugo Carvana - Deputado Pedro Inácio Paulo César Pereio - Paulo César Clementino Kelé - Embaixador africano José Lewgoy - Homem de capa Renata Sorrah - Atriz do Filme B Carlos Heitor Cony - Assassino José Wilker - Assassino Lúcia Milanez - Ângela Guará Rodrigues - Ator do Filme B Curiosidade: - É o único filme não ficcional de Maurício que também foi crítico de cinema. - Em 1969 Maurício Gomes foi citado em texto de Jairo Ferreira pronunciando a seguinte frase: “Espero que A Vida Provisória seja recebido – e entendido – como uma dupla manifestação que envolve o ‘eu’ e o ‘nós’. O que há de pessoal no filme é marcadamente coletivo. E o que há de coletivo é extremamente pessoal. - Filmes cujo conteúdo condenava o status quo eram alvo da censura do período militar. A Vida Provisória foi exibido com cortes no Festival de Brasília. Na foto artistas protestam contra a Ditadura Militar. O filme foi gravado em 1968 e as longas conversas entre Estevão (Paulo José) e Paola (Dina Sfat) no apartamento dela apontam para a ebulição que ocorria no mundo. - A Vida Provisória foi exibido no Festival de Brasília com cortes feitos pela censura. - No Brasil, no dia 21 de junho, aconteceu a Sexta-feira sangrenta , o estopim para que a Passeata dos Cem Mil acontecesse cinco dias depois. - Em Dezembro de 1968 foi instituído o Ato Institucional n° 5 (AI-5).
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