GISELLE (Direção de Victor di Mello, 1980)

Sinopse: O filme conta a história de Giselle, filha adolescente do rico fazendeiro Lucchini. A jovem possui um comportamento liberal e promíscuo, tendo casos com a madrasta Haydée e com Ângelo, capataz da fazenda de seu pai. Posteriormente, com a chegada do filho de Haydée, Sérginho, as intocáveis relações familiares passam a dar lugar a um triângulo amoroso entre os três, regado a sexo e busca do prazer físico e psicológico. Elenco: Alba Valéria: Giselle (filha de Lucchini) Carlo Mossy: Ângelo (capataz da fazenda) Ricardo Faria: Serginho (filho de Haydée) Monique Lafond: Ana Clementina (médica comunista, filha de Dr. Azevedo) Celso Faria: Estuprador-1 (Sabino) Zózimo Bulbul: Jorge (médico, amigo de Serginho) Vinícius Salvatori: Estuprador-2 (Bobo) Luciano Sabino: Estuprador-3 (mais jovem) Yara Jali: Elza (esposa do Dr. Azevedo) J. Queiroz: Manuel (dono do bar) Mário Ludgero: Dr. Azevedo (Pai de Ana) Esmeralda de Lima: Zica (empregada da fazenda) Hudson Malta Santos: Jorginho (criança) Ana Henriqueta: Dona Zélia (mãe de Jorginho) Nildo Parente: Lucchini Maria Lúcia Dahl: Haydée (segunda esposa de Lucchini) Curiosidade: - Foi lançado na época de relaxamento na censura, e teve grande destaque nos cinemas brasileiros como “o primeiro filme pornográfico brasileiro“. O título buscou correspondência com o do filme pornô chic internacional Emmanuelle, com Sylvia Kristel, também finalmente liberado para exibição comercial no país. Mas no caso brasileiro foi mais um exemplar do gênero pornochanchada. - Apesar de ter sido propagandeado como um mero filme erótico na época, a trama do longa trata de temas mais profundos e controversos como os tabus da homossexualidade, promiscuidade, hedonismo, lesbianismo, pedofilia, estupro, ménage à trois e, sobretudo, o processo de desestruturação familiar. Isso é evidenciado pela primeira e a última cenas do filme, nas quais é possível se ler, sobre a cena de uma nuvem de cogumelo: “Assim como na antiga civilização romana, como em Sodoma e Gomorra, todas as vezes que uma sociedade está em decadência, a principal característica, é a falta de valores morais, a promiscuidade sexual, o desamor, as frustrações e os desencontros. Os dias que hoje estamos vivendo não diferem muito daqueles que antecederam a destruição daquelas sociedades”.
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