Flamengo 3x2 Atlético MG (01/06/1980) - Final Brasileiro 1980 (Flamengo campeão)

NARRAÇÃO FERNANDO SOLERA. Ah, que esquadrão tinha aquele Flamengo. Raul, Júnior, Andrade, Carpegiani, Adílio, Zico, Tita, Nunes… Quanto craque! A bola passava de pé em pé, não havia retranca, o futebol era bem jogado. Quanta beleza! Ah, como era bom aquele Atlético. João Leite, Luisinho, Toninho Cerezo, Palhinha, Reinaldo, Éder… Só fera! Os alvinegros esbanjavam categoria, também jogavam puramente no ataque e tinham uma velocidade impressionante. Aqueles dois times mereciam ser campeões do Brasileirão de 1980. Como mereciam. Mas apenas um poderia vencer a decisão daquele ano. Quanta injustiça. Ver um daqueles times com o vice-campeonato seria um sacrilégio, um crime contra o futebol espetáculo. O palco foi o melhor possível: o Maracanã, transformado em Coliseu por mais de 150 mil pessoas que esperavam o embate entre gladiadores e feras. Mas o juiz escolhido fez questão de manchar um jogo histórico, elétrico e tido por muitos como o mais espetacular entre os que decidiram um Campeonato Brasileiro em todos os tempos. José de Assis Aragão virou vilão no dia 1º de junho de 1980 ao dilacerar as feras do Atlético-MG com três expulsões e uma delas sem qualquer razão: a de Reinaldo, o homem que humilhou o Flamengo e sua massa com dois gols mesmo com uma perna praticamente inutilizável. Não fosse a atuação desastrosa do juiz (?), o resultado daquele duelo poderia ser outro. Mas não foi. A taça ficou em ótimas mãos, afinal, o Flamengo também era um time magnífico e jogava um futebol virtuoso. Era o nascimento do esquadrão que seria campeão da América, do mundo e mais duas vezes do Brasil nos anos seguintes. Mas um Galo quase impediu tudo isso. É hora de relembrar.
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