JARDIM DE GUERRA (Direção de Neville dAlmeida, 1970)

- Inspirado no livro Kaos, de Jorge Mautner, que também assina o roteiro do longa, juntamente com Neville, Guará Rodrigues e Rogério Sganzerla. - É o primeiro longa do renomado diretor, exibido pela primeira vez no Festival de Brasília de 1968 onde o protagonista, Joel Barcelos ganhou o prêmio de melhor ator. - O filme foi censurado pela Polícia Federal da ditadura e teve sua versão original declarada como perdida por muitos anos. Sinopse: A paixão pela famosa atriz Maria do Rosário tira o jovem Edson de um estado mental de letargia e marasmo. Entusiasmado, o jovem decide seguir o grande sonho de se tornar um cineasta. No entanto, a questão financeira se torna um grande empecilho para a concretização desse desejo. Na procura por financiamento, Edson acaba sendo injustamente acusado de terrorismo por uma organização da direita, e é preso e torturado por oficiais. Elenco: Joel Barcellos Zózimo Bulbul Hugo Carvana Emmanuel Cavalcanti Maria do Rosário Jorge Mautner Ezequiel Neves Nelson Pereira dos Santos Antonio Pitanga Carlos Alberto Prates Correia Glauce Rocha Guará Rodrigues Dina Sfat Nelson Xavier Curiosidade: - Em sua segunda exibição foi interditado pela Polícia Federal da ditadura, foi o filme mais censurado do cinema brasileiro, com quarenta e oito cortes.[4] Somente anos mais tarde foi encontrada uma versão não adulterada do filme na Europa. A cópia encontrada havia sido enviada para a Quinzena dos Diretores do Festival de Cannes, e hoje está guardada na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.[3] Em entrevista para a revista eletrônica Arte Capital, o diretor Neville d’Almeida conta que, “quando ficou pronto (…) é editado o tal do Ato Institucional n.º 5 que cortava todos os direitos e liberdades civis. (…) o filme foi proibido, interditado e jamais exibido. Então eu lutei, mas não aconteceu”.
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