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Fantástico - 28-11-1978 Mais de 900 seguidores da seita Templo do Povo tomaram veneno, a mando do reverendo Jim Jones. “Morram, morram com alguma dignidade. Vamos acabar logo com isso. Acabar logo com essa agonia“. Quem fala é o fanático Jim Jones, o líder da seita templo dos povos. Em um ponto perdido na selva da Guiana, ele comandava o suicídio coletivo de seus mais de 900 seguidores. O dia é 18 de novembro de 1978. Como essa gente chegou a uma situação tão dramática? Quem era Jim Jones? Quais marcas trazem hoje os poucos sobreviventes do massacre? Trinta anos depois, o que restou de Jonestown, a vila que Jim Jones mandou erguer em plena selva? Essa é uma das regiões onde foi encontrada a maioria dos corpos. Filho de pai alcoólatra, que não trabalhava, Jim Jones era obcecado, desde a infância, por morte e religião. Nos anos 50, fundou o ’Templo dos Povos’ em Indiana, Estados Unidos, depois de fazer um curso de pastor por correspondência. Na época, ele defendia uma sociedade cristã igualitária, “onde não há ricos ou pobres. Onde não há raças“. Com idéias assim, não havia lugar para Jones na conservadora Indiana. Em 1962, ele veio parar em Belo Horizonte, onde viveu, com a família, cerca de um ano. Era um vizinho misterioso. “Era muito fechado, ele não batia papo com ninguém“, lembra a aposentada Terezinha Machado. De volta aos Estados Unidos, Jim Jones e seus seguidores, na grande maioria negros, se mudaram para a Califórnia. Primeiro para o interior, depois para a rebelde San Francisco.
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