A GRANDE FEIRA (Direção de Roberto Pires, 1961)

- Os personagens de A Grande Feira formam um painel heterogêneo, com parcelas da elite e do povo. Alguns pertencem à crônica popular de Salvador, como o poeta Cuíca de Santo Amaro (cujos cordéis inspiram o roteiro), que aparece na primeira e na última cena do filme, ao pé do Elevador Lacerda, um dos cartões-postais da cidade. “A grande feira de Água de Meninos vai acabar! Devorada pelos tubarões!”, anuncia Cuíca ao povo que o rodeia. O estopim da trama é esta notícia dada em tom de alarde e denúncia: o tradicional mercado popular de Água de Meninos, com seus quatro mil feirantes, está ameaçado de extinção por um grupo de especuladores imobiliários (os “tubarões”) que quer ocupar o terreno, situado bem ao lado de um reservatório de combustíveis da Esso. Sinopse: Em Salvador, os comerciantes da feira “Água dos Meninos“ estão inquietos com a tentativa do governo de mudá-los para outro local. Alguns tentam negociar, como o sindicalista Neco, enquanto outros querem partir para a violência. Alheio a isso, o marinheiro Ronny vai parar no hospital após ser ferido à navalha pela prostituta Maria da Feira. O amante dela, o bandido e assassino Chico Diabo, é perseguido pela polícia e decide explodir os depósitos de combustíveis localizados próximos da feira, como vingança. Elenco: Geraldo Del Rey - Ronny, o sueco Helena Ignez - Ely Luíza Maranhão - Maria da Feira Antonio Pitanga - Chico Diabo (creditado como Antonio Sampaio) Milton Gaúcho - Ricardo Roberto Ferreira - Zazá David Singer - Filósofo Sante Scaldaferri - Investigador Roberto Pires - Neco Orlando Senna - frequentador do cabaré Antonio Patino - político Glauber Rocha - frequentador do cabaré Cuíca de Santo Amaro - como ele mesmo
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