Versão Cefálica Externa, com anestesia, realizada com sucesso em 25/07/2014

VERSÃO CEFÁLICA EXTERNA (VCE): Código TUSS 31309178 (faz parte do rol de procedimentos previstos pela ANS) Consiste na rotação de um bebê pélvico (sentado) para cefálico (com a cabeça pra baixo). O procedimento é realizado pelo obstetra, com as próprias mãos, deslizando sobre o abdome da gestante reposicionando o bebê. A VCE é um procedimento seguro e recomendado pela Organização Mundial da Saúde para aumentar a chance e facilitar o PARTO NORMAL. Quando o bebê está sentado, e a gestante é atendida por equipe experiente em partos pélvicos, ele tem em torno de 40% de chance de nascer de parto normal e quando conseguimos a VCE com sucesso, aumenta para 70% a 90% chance de ter o parto normal. Com isso, para as equipes que indicam cesáreas para todos os bebês pélvicos, a chance de PN aumenta de zero pra 70% a 90%. Ela deve ser realizada o mais tarde possível no decorrer da gestação, evitando causar prematuridade, porém antes do trabalho de parto começar. Se soubéssemos em qual dia o bebê iria nascer, o dia anterior seria o dia ideal. Sendo assim, em geral a VCE é programada entre 36 a 38 semanas de gestação, mas sempre poderá ser feita caso a gestante ainda não esteja em trabalho de parto. Segundo Frank Louwen, renomado obstetra Alemão em sua tese de doutorado, os bebês em posição cefálica natural tem 90% de chances de parto normal! Essa diferença de 90% pra 70% para os bebês virados artificialmente se deve a maior chance de distócia nesses partos após a VCE (dificuldade de encaixe da maneira correta). O Procedimento pode ser feito a princípio sem anestesia com taxa de 25% de sucesso. Pode ser utilizada medicação pra relaxar o útero de aplicação injetável (Terbutalina) com 50% de sucesso, ou pode ser feito em centro cirúrgico com anestesia (raqui ou peri-dural), com 75% de sucesso. Os principais riscos do procedimento são descolamento de placenta, rotura da bolsa e compressão do cordão. O primeiro é considerado grave e necessita de cesárea de emergência, no ato, por isso a necessidade do procedimento ser feito em hospital. Sua chance de ocorrência é de 0,2%. Se a bolsa romper, o procedimento é interrompido na posição que o bebê estiver. Se o bebê já estiver virado basta esperar o parto. Se não estiver virado deve ser seguido o plano B previamente estabelecido (espera pelo parto pélvico, cesárea em trabalho de parto ou cesárea no mesmo ato). Para compressões do cordão, o bebê pode ser reposicionado melhorando a compressão, porém pode ser um motivo para decisão por cesárea imediata também. A compressão do cordão gera batimentos cardíacos não tranquilizadores transitórios e acontece em 4,6% dos casos, mas como são transitórios, na maioria das vezes melhoram após alguns minutos. A taxa geral de sucesso de VCE sem anestesia é de 50% e com anestesia sobe pra 75%, ou seja, a cada 4 gestações pélvicas submetidas à VCE, 3 viram. Está contraindicada em alguns casos específicos de gestantes de alto risco ou bolsa rota (bolsa que já rompeu). Fonte: Grootscholtes K. Et al, 2008 (Meta-análise com 84 estudos, totalizando 12955 VCEs realizadas) __________________________________________________________________________________ Para a realização do procedimento é necessário: - Consulta com médico obstetra em consultório com a avaliação clínica para a elegibilidade do procedimento; - Consulta com a fisioterapeuta (opcional) para: -- avaliar postura para liberar musculatura que possa estar afetando o equilíbrio pélvico. -- orientar exercícios para liberar músculos e ligamentos para facilitar a versão. Obs: Essa consulta deve ser de preferência feita uma semana antes da data da versão e os exercícios repetidos no dia Ler e assinar: - Termo de consentimento em 3 vias Requisitos: - Hospital e equipe de retaguarda para possível cesárea de urgência; Definir: - Plano de parto com as possibilidades de desfecho da gestação após a VCE, com ou sem sucesso;
Back to Top