João Gilberto e a utopia de um Brasil feliz

Eu tinha 16 anos. Meu pai sempre me trazia revistas para eu ler, toda semana. Eu lia Época, Veja, Carta Capital, entre outras. Uma vez, uma me chamou bastante atenção, mais pelo título “O drama de um gênio brasileiro”. Eu cresci ouvindo dizer que João Gilberto era um péssimo cantor, pessoa insuportável..., mas, não sei bem o porquê, queria muito ler aquilo e saber, porque, de toda maneira, eu tinha era mais um preconceito, pois só havia escuto na voz dele “Maria”, que ele cantava no disco 25 anos (1990), de Maria Bethânia, e que eu nem havia prestado atenção de fato. E naquele dia, fiquei todo a par da briga dos direitos autorais dos três primeiros discos dele. Fiquei curioso e fui ouvi-los no YouTube. Adorei aquilo que eu estava ouvindo. A harmonia era perfeita, o arranjo de Tom Jobim me mexeu por inteiro, principalmente no Chega de saudade (1959). Além disso, conhecia quase todas as outras canções nas vozes de outros c
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